Um dos assuntos que vem aparecendo nas provas pelo Brasil é os distúrbios hipertensivos, dentre eles, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia.
Recentemente, o Ministério da Saúde apresentou uma nota técnica atualizada para profissionais da Atenção Primária à Saúde, que traz recomendações para a suplementação de cálcio durante a gestação, com o objetivo de prevenir distúrbios hipertensivos.
O que é a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia?
Pré-eclâmpsia: Hipertensão (≥ 140/90 mmHg) e proteinúria (≥ 300 mg/24h) após a 20ª semana de gestação, com possível lesão de órgãos. É uma condição sistêmica e de difícil controle.
Eclâmpsia: Convulsões em gestantes com hipertensão, sem histórico de epilepsia. É uma emergência obstétrica com alto risco de morte materna e fetal.
Entendendo a fisiologia do cálcio na gestação:
Na gestação, os níveis de cálcio não aumentam naturalmente. Esse mineral protege o endotélio, ajuda a controlar a pressão arterial e promove vasodilatação. Devido à alta demanda fetal, à saúde óssea materna e ao risco de hipertensão, a suplementação é recomendada, já que a ingestão alimentar costuma ser insuficiente.
Principais recomendações:
Recomenda-se duas doses diárias de carbonato de cálcio 1.250 mg (totalizando 1.000 mg de cálcio elementar) a partir da 12ª semana até o parto.
Evite tomar cálcio junto com ferro — deve-se respeitar um intervalo mínimo de 2 horas. O cálcio deve ser ingerido com alimentos, mas longe de fontes ricas em fitatos e oxalatos (como feijão, espinafre, beterraba e cereais), que reduzem sua absorção.
Formas químicas mais cobradas dos sais de cálcio:
Carbonato de cálcio | Citrato de cálcio |
Cálcio elementar: Alto, ~ 40% | Cálcio elementar: Baixo, ~ 21% |
Estudos disponíveis: Muitos estudos | Estudos disponíveis: Poucos estudos |
Indicação: Crianças e adolescentes; homens e mulheres de qualquer idade; gestantes e lactantes | Indicação: Na acloridria (ausência de ácido clorídrico); gastrite atrófica; cirurgia bariátrica; litíase renal |
Custo: Mais barato e mais usado em políticas públicas | Custo: Mais caro e não é usado como primeira escolha no SUS |
E a vitamina D?
A deficiência de vitamina D afeta a saúde materna e fetal, pois regula cálcio e fósforo e é essencial ao desenvolvimento gestacional. Transmitida via placenta, também ajuda a prevenir pré-eclâmpsia ao melhorar a função vascular, reduzir inflamações e favorecer o desenvolvimento placentário.
Recomendações da OMS sobre vitamina D na gravidez:
Não é recomendada rotineiramente. Em casos de deficiência, a suplementação pode ser considerada, seguindo as diretrizes nacionais ou a ingestão diária recomendada de 5 µg (200 UI).
Guideline da The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
O guideline recomenda a suplementação empírica de vitamina D na gestação, devido ao seu potencial em reduzir riscos como pré-eclâmpsia, morte intrauterina, parto prematuro, restrição de crescimento fetal e mortalidade neonatal. A média utilizada nos estudos foi cerca de 2.500 UI/dia.
É fundamental que cada gestante seja avaliada individualmente, levando em consideração suas condições de saúde específicas!
Abordamos de forma direta a suplementação nutricional na pré-eclâmpsia, com foco no que realmente cai nas provas. Esse tema é recorrente nas principais bancas e essencial para sua preparação.
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