A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença endócrina com algumas especificidades e estudos controversos. Dominar esse assunto e referências consolidadas pode ser um diferencial caso esse assunto caia em sua prova.
Hiperandrogenismo, obesidade, irregularidade menstrual e infertilidade: essas são as principais associações com a SOP. Sua fisiopatologia envolve a razão LH/FSH aumentada ao de outras mulheres sem SOP. Assim, níveis elevados de LH estimulam partes do ovário a produzir mais hormônios androgênicos, como a testosterona, o que explica os níveis aumentados desse hormônio em mulheres com SOP.
E como a nutrição pode auxiliar no tratamento da SOP?
Dieta
A dieta desses pacientes desempenha um papel fundamental, uma vez que carboidratos de baixo índice glicêmico produzem baixo impacto em relação à produção de insulina, assim sendo, a dieta deve ser rica em vegetais, cereais integrais e frutas. Além disso, uma dieta rica em fibras que advém de carboidratos complexos é capaz de reduzir os níveis de androgênios circulantes.
Resistência insulina
Os ajustes nutricionais para controle da insulina são necessários, visto que de forma indireta, estimula a produção de andrógenos nas células do ovário. Uma cascata metabólica favorece o acúmulo de gordura ao estimular sua formação e impedir sua queima:
Elevada concentração de insulina → aumento da sensibilidade de LH → maior produção de andrógenos → reduz a proteína que transporta os hormônios sexuais no sangue (SHBG) → eleva os níveis de testosterona livre.
Inflamação
A obesidade é um fator central na inflamação crônica leve. Além disso, ela contribui para o aumento da insulina no sangue, para a resistência à insulina e para os níveis elevados de hormônios androgênicos.
Perda de peso
Estudos mostram que perder de 5 a 10% do peso pode regular o ciclo menstrual. Para mulheres obesas, o ideal é alcançar um IMC saudável. A perda de peso, aliada a exercícios e dieta com menos gordura e carboidratos ajustados, reduz a testosterona livre e o risco de síndrome metabólica.
Cromo
Alguns estudos demonstram que mulheres com SOP que receberam 1.000 mcg de picolinato de cromo/dia durante 2 meses, apresentaram melhores níveis de glicose e sensibilidade à insulina. Contudo, esse mineral ainda é controverso nessa patologia.
Mioinositol
Essa suplementação tem respaldo mais sólido na literatura e apresenta algumas vantagens ao elevar a SHBG e melhorar o metabolismo de glicolipídios. Portanto, a suplementação de inositol pode ser considerada, tendo em vista o risco baixo de efeito adverso e o potencial benefício sobre os parâmetros metabólicos.
Ômega 3
Os ácidos graxos ômega-3 contribuem para equilibrar os hormônios reprodutivos, diminuindo a proporção LH/FSH e a concentração de andrógenos no sangue. A dose recomendada é de 1.000 mg por dia de EPA (ácido eicosapentaenoico).
Vitamina D
Alguns estudos mostram que a vitamina D participa do metabolismo da insulina e sua deficiência está ligada à resistência à insulina e à SOP. Por seu efeito imunomodulador, a falta dessa vitamina pode aumentar a inflamação. Assim, a suplementação pode ajudar no controle hormonal e metabólico nesses casos.
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